Momento de testemunhos


A tarde do último dia do Congresso Jubileu da Escola de Formação foi marcada por um momento de testemunhos de irmãos sobre os respectivos estados de vida.

O casal Luciano e Maria Cecília, ambos  consagrados da Comunidade de Vida há mais de 20 anos, partilhou sobre o caminho do discernimento, a vivência do Carisma, a descoberta da beleza dos estados de vida, a vivência e a complementaridade entre eles. Maria Cecília falou da sua experiência, do caminho de cura que percorreu até o dia do seu matrimônio, do período enriquecedor vivido com sacerdotes quando moraram  na missão de  Aracaju. Sobre a vivência, como família, o casal destacou a importância de ter sempre Deus no centro. "É preciso saber que o centro não são eles (os filhos), não é o cônjuge, mas é Deus. Acho que quando Deus vem para o centro, todas as outras coisas vão para a ordem delas " afirmou  Maria Cecília.


O padre João Paulo Dantas, há 16 anos na Comunidade 
Shalom, testemunhou a sua experiência com o sacerdócio. 
Partilhou que a Comunidade foi instrumento de Deus para a formação do seu estado de vida. “Quando os meus irmãos estavam comigo, tudo acontecia de modo mais fácil, tudo 
era mais fecundo, tudo dava mais frutos.  Isso foi para mim uma experiência muito rica. Quando nós fazemos as coisas juntos, em comunhão, no amor, essa força do amor fecunda e dá frutos.”, afirmou.


Testemunhou ainda a beleza e a importância da comunhão das formas de vida, não só na vida ordinária, mas também na missão. O padre João contou que quando foi vigário paroquial em uma cidade na França, e teve a oportunidade de vivenciar o quanto a comunhão com os outros estados de vida faz com que a obra seja mais fecunda e possa dar mais frutos. “Para viver a minha missão de modo completo, eu preciso da comunhão com os outros estados de vida", declarou o sacerdote.

A experiência do celibato foi relatada pela responsável local da missão de Brasília, Joyce Suely. A celibatária afirmou que ao participar de um Semináriodo Seminário de Vida no Espírito Santo, Deus fez uma revolução na vida dela, atraiu-a e ela não conseguia mais desviar o seu olhar Dele . "Voltei para casa completamente diferente, com outros planos que não eram aqueles que eu estava vivendo” disse.


Joyce contou que naquele momento em que teve um encontro com Deus, estava noiva de um rapaz e vivia um relacionamento feliz e sadio, mas havia um vazio, uma sede de algo que ela ainda desconhecia. “Existia alguém que eu precisava dar uma satisfação. Comecei a participar de um grupo de oração, depois do seminário, mas eu não consegui me manter, porque eu tinha que resolver essa situação”. A celibatária conta que se afastou do grupo de oração e a experiência que ela teve com a vida de oração foi arrefecendo. "E eu fui ficando muito infeliz. Fiquei à beira de ter uma depressão", revelou.

Ao tomar consciência de que precisava voltar para Deus para se encontrar, ela conta que pouco tempo depois, decidiu romper o noivado e caminhar para a vontade de Deus. "Terminei em um dia e no outro dia fui direto para a Comunidade e graças a Deus eu nunca mais saí", afirmou.

Joyce relatou todo o seu percurso dentro da Comunidade. Testemunhou ainda o processo de discernimento do celibato. Segundo ela, contemplar e rezar com a própria história, a oração, a formação pessoal, a relação íntima com Deus, a convivência com os outros estados de vida, ajudaram-na no discernimento do celibato. Hoje, sente-se muito realizada, sabe que a sua existência foi reavivada por Deus e deseja viver assim para sempre.  "O que me encanta na vida celibatária é o sentido de eternidade, porque todo o meu ser deseja isso, anseia por isso. É o próprio Deus que me atrai, que me encanta. Eu não consigo parar de segui-Lo.  Eu não consigo deixar de ser a Sua esposa",  partilhou.
Texto: Klauber Franco e Narlla Sales
Fotos: Maria Luíza Faria

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